Um amargo volta às aulas
Em praticamente todo o hemisfério norte, o calendário escolar começa hoje, 01 de setembro. Há cinco anos, neste mesmo dia, as aulas voltavam em Beslan, na Rússia. Foi o dia e local que terroristas escolheram para fazer quase mil pessoas como reféns. Foram três dias sob um calor sufocante obrigando crianças a beberem urina para não morrerem desidratadas, conta uma das sobreviventes, no livro "Um Diário Russo", da jornalista Anna Politkovskaya.
Foram dias de terror, esperança, revolta, tortura e, principalmente negligência por parte do presidente Putin, na época. Uma sequência de explosões seguida da invasão russa à escola mataram 330 pessoas (186 crianças). A participação de Putin nesta tragédia só não é total porque foram os terroristas que fizeram aquelas pessoas reféns, um crime bárbaro mesmo que não houvessem mortes. Mas, só o fizeram, para exigir que Putin retirasse as tropas russas da Chechênia, uma guerra que ele - Putin - revivou em 1999.
No pronunciamente de volta às aulas, hoje, o presidente Russo, Dmitri Medvedev nem citou Beslan. Para eles, esta história já está morta e encerrada.
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